DAS HORAS IRREVERSÍVEIS
Sei
que o tempo se esgota
inexorável
que pouco ou nada importa
pois já não é como antes fora:
contável;
porque não se conta o que resta,
antes se esquece.
Quem dera
não saber o que hoje sei,
ter doseado a impaciência
seria sinal mais que evidente
de alguma inteligência;
teria a necessidade urgente
de os dias perlongar-
pelo menos os mais belos,
não os deixar escapar
quem sabe,
agarrá-los p´los cabelos.
Começar do princípio
sem ter em vista o fim
acontece a tantos...
mas porquê a mim ?
Bertus
que o tempo se esgota
inexorável
que pouco ou nada importa
pois já não é como antes fora:
contável;
porque não se conta o que resta,
antes se esquece.
Quem dera
não saber o que hoje sei,
ter doseado a impaciência
seria sinal mais que evidente
de alguma inteligência;
teria a necessidade urgente
de os dias perlongar-
pelo menos os mais belos,
não os deixar escapar
quem sabe,
agarrá-los p´los cabelos.
Começar do princípio
sem ter em vista o fim
acontece a tantos...
mas porquê a mim ?
Bertus
26 Comments:
"Dos Poemas Irresistíveis"... não era isso?
Amanhã venho cá, trajada a preceito
E deixo-te o comm q calo agora no peito...
Impossível começar do princípio sem ter em vista o fim, não?
Se calhar também é um meu defeito de fabrico!
Beijinhos
Epá, faz um poema da chuva...
O tempo é o nosso maior inimigo desde que nascemos. É uma fatalidade de que não se foge, nem a correr a sete pés.
Um grande abraço, até já
Pelos cabelos...?
Ai isso é que não!
Que são muito frágeis...
heheeheh
(maldadezinha...)
--
O tempo ecoa-se por entre os dedos, mais rápido que areia e resta-nos tão pouca nas mãos...
--
.
sem mouse mas já aprendi a comentar... oh yahhh!
Nada importa
desse dias que passaram
dessas palavras que escaparam
por entre finos grãos de areia.
Nada importa
as horas perdidas
em memórias esquecidas
de um tempo que passou
O passado
conjuga com o presente
de horas não contadas
de memórias infindáveis
onde o pensamento
não terminou.
Abraço ;)
Mas porquê a mim
Tão boa mocinha
Há-de dizer sim
E sem caipirinha
E sem caipirinha
Para aliviar
Esta dor a minha
Do tempo esgotar
Nota: foi o que se pode arranjar!... :)
li. ontem. hoje. cerebro não funciona. calor a dar cumpau. cervejola? beijo
Do tempo não foges nem que corras muito.
Mas se o tempo que te resta
Aquele que não previste
For tempo de não esquecer
Agarrar cada minuto
Não perder um só segundo
Viver o que há p'ra viver?
:) Beijos
mas porquê a mim
perguntas
e eu vou responder
porque não és diverso
do que tinha que ser
ser determinado
nisto do nascer
que ficas marcado
com mais ou menos tempo
sempre hás-de morrer
e viva a vida que dizes viver
que dela aproveites
lhe sejas agradecido
desde este princípio
até mais a gente se ver
PS foi o que se pode arranjar (onde é que eu li isto?!):)
"Sei que o tempo se esgota(...)
que pouco ou nada importa(...)
não se conta o que resta(...)"
E ala que se faz festa!
Só não escrevi 'se faz tarde'
porque usei de inteligência
o S. João que me aguarde
antes que venha a ambulência...
PS - ""foi o que se pode arranjar!... :)"" "(onde é que eu li isto?!):)"
:)
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['postando como MJM',
me dando roda de otário
deveria ter escolhido
'login como outro usuário']
:S
Olá Alberto!
É uma questão ontológica esta de fazer do tempo ou do espaço uma coisa absolutamente nossa e satisfatóriamente inesgotável...Há sempre uma ou outro senão...vários...Tantos, tantos!
Belo poema, amigo!
Um abração
Bonito, o poema. Mas nunca é tarde para recomeçar. Fala quem diz e faz :) Beijinhos!
Ei....não voltes muito muito para trás...é que assim, não te conhecia eu...nem tu a mim.
E no meu tempo, por muito avariado que ande, ainda consigo guardar uns minutos de palavras lidas e saboreadas...e guardar sorrisos teus e meus.E mais hão-de vir.Ir embora não vou.E se for, não vou de vez.Voltarei.Terei de voltar por força de gostar de estar.
Oh valha-me Deus.
Tu também fazes com cada pergunta...
É só em outubro...tem calma cotinha :). Olha que o caderno é da Leda.
Beijocas
Quando a concorrência ataca...
este
estava no Malapata
cá estou eu a visitar a casa seminova.
depois duma longa ausencia, agora desempregada tenho mais tempo para os amigos blogueiros (sempre a ver o lado positivo das coisas).
beijinhos
"dosear a impaciência"
quem me dera! Mas depois não era eu...
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Bertus o conhecimento que lamentas (/mos) não ter do fim, lamentarias igualmente se o tivesses, pois seria ele o responsável pela sensaboria previsível dos dias. Assim como nos fere o telefonema que não chega ou a campainha que não toca, igualmente nos regozija a surpresa da porta que se abre, do e-mail que chega, daquela palavra que se ouve, daquele olhar que ri... A imprevisibilidade destes não compensarão o incómodo dos primeiros? Agrada-me particularmente não saber a que distância estou do fim, nem de toda a felicidade que ainda me separa dele.
Tem um óptimo fim-de-semana Bertus.
Beijinhos
Bonito poema, gostei especialmente do "porque não se conta o que resta"... e da pergunta final (não a fazemos todos?! Eu identifiquei-me.)
Quanto ao novo espaço, li tudo o que aqui tens. Percebi logo o motivo do nome, pois há um seguimento, assim como a necessidade de um novo espaço, já que também há uma ruptura.
Vou continuar a visitar-te, sempre, e emendar o link (mal me dê a coragem para mexer no template, que não sei se sabes mas parece mesmo que está vivo e nem sempre faz o que eu lhe digo!!!) :)
Um beijo
bom sao joao bom sao pedro bom fim de semana boa vida essas coisas todas e sem pontuaçao nem nada dessas coisas que dao uma trabalheira desgraçada :-))
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